quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Redução das tarifas de energia e ICMS 

Encontro do Plebiscito Popular avalia formas de ampliar o debate em Minas

Em reunião no sábado, comunicadores e organizadores do Plebiscito Popular pela redução das tarifas de energia e ICMS da conta de luz em Minas Gerais debateram formas de ampliar a discussão no Estado
Comunicadores e coordenadores de 48 cidades de todas as regiões mineiras se reuniram nesse sábado (20) para discutir formas de expandir a divulgação do Plebiscito Popular pela redução das tarifas de energia e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em Minas Gerais e envolver mais a sociedade no debate.
Além das discussões realizadas em várias cidades do Estado junto à sociedade, os comunicadores querem levar a questão da tarifa de energia também para as câmaras municipais e Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 'Não é uma campanha apenas pela redução da conta de luz, mas um projeto político para todo o Estado', defendeu Sôniamara Maranho, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Já Joceli Andrioli, também do MAB, ressaltou que o Plebiscito Popular já está em 160 cidades mineiras, mas agora o debate será levado ao máximo de municípios possíveis e o objetivo é chegar em todo o Estado. 'Já estamos em todas as cidades-polo regionais e vamos utilizar todos os espaços para ampliar a discussão sobre a redução das tarifas e da conta de luz, envolvendo as igrejas, prefeituras e movimentos sociais e sindicais'.
Além disso, ficou definido ainda a criação de um Plano de Comunicação, a implantação de mais comitês no Estado, a gravação de vídeos, a panfletagem nas ruas e a utilização das redes sociais como forma de divulgar a consulta. 'O Plebiscito e os comitês devem lançar mão de várias formas de diálogo com a população para podermos colocar nosso projeto na rua', disse Renan Santos, do Levante Popular da Juventude.
Outro tema discutido durante o Encontro Estadual de Comunicadores é a situação dos trabalhadores e do serviços da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Jefferson Leandro, diretor do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG), denunciou a redução do quadro próprio de funcionários e o aumento das terceirizações como forma de precarização das condições de trabalho na empresa.
Já o debate da coordenação do Plebiscito focou na forma como será realizada a votação sobre a redução das tarifas, que acontecerá entre 19 e 27 de outubro. Os coordenadores também iniciaram o debate sobre o segundo Encontro de Lideranças, que será realizado nos dias 14 e 15 de setembro, e desenvolveram como meta que, até esta data, o Plebiscito Popular já esteja em 90% dos municípios.
Iniciativa
A ideia da construção do plebiscito surgiu de uma Plenária dos Movimentos Sociais de Belo Horizonte e do Estado. As discussões foram motivadas pelas altas tarifas cobradas pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
Segundo levantamento feito pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG), com os tributos que incidem sobre a tarifa de energia, a conta de luz dos mineiros sofre um acréscimo de 68%. Desse valor, 46,75% corresponde ao ICMS do Estado.
Joceli Andrioli denunciou ainda que a Cemig lucrou mais de R$ 20 bilhões. 'Como uma empresa pública, dirigida por um governo do PSDB, prefere repassar bilhões aos acionistas ao invés de melhorar a qualidade do serviço? Só no ano passado a Cemig lucrou R$ 4,2 bilhões e já repassou R$ 4,5 aos acionistas este ano', destacou. 

Data: 31/7/2013

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